Foi uma semana para ser apagada do calendário. Como isso não é possível,
o que nos resta, brasileiros comuns é compartilhar a vergonha coletiva e rezar.
Conseguimos certamente
um recorde que em nada nos envaidece e sim nos envergonha e humilha, que as
páginas da História registrarão e jamais serão apagadas ou deletadas conforme a
linguagem “internética”.
Refiro-me à tentativa
de afastamento do presidente Renan Carneiro, o Cangaceiro e o seu “desafastamento”
determinado pelo STF depois de ser peitado
pelo Cangaceiro se negando a receber a intimação judicial e, em seguida depois o seu “desafastamento”
pelo pleno do Supremo, declarar cinicamente que decisão do STF não se discute, cumpre-se.
Não tiro a razão de Renan. Ele com essa declaração cínica colocou o STF no seu
devido lugar: um bando de acovardados togados, como já dissera Lula e por isso
alvo de inúmeras críticas.
Foi vergonhoso,
deprimente para nós brasileiros comuns ver a mais alta corte se avacalhar
diante da “peitada” de Renan, o Cangaceiro. Nós que temos um poder executivo
mambembe e recheado de denunciados por corrupção e outros crimes, um legislativo que somente se preocupa em defender seus interesses
escusos, testemunhar que o Poder Judiciário só funciona para os tres Ps: preto,
puta e pobre.
A presidente Carmen
Lúcia perdeu a grande oportunidade de demonstrar grandeza e continuar a ser
alguém confiável a partir do momento em que substituiu a toga pelas
conveniências políticas. E do ministro Celso de Mello, o Decano, quem quiser
saber mais sobre ele, sugiro ler o livro de memórias de Saulo Ramos.
Renan, o cangaceiro
cínico riu por último. Pobre Brasil.
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