Segundo o noticiário, o Ministério Público Federal propõe a retirada da expressão "Deus Seja Louvado" das cédulas do real. Nada mais justo e oportuno.
Louvar Deus num instrumento que não possui nenhum sentimento de afeição a quem quer que seja e não se importa em servir aos mais variáveis sentimentos sejam dos mais nobres aos mais vis, é uma total falta de respeito e consideração a um Ser justo, bom e perfeito.
Lógico que ele é imprescindível para que possamos viver, atender nossos compromissos e desejos.
Dinheiro é necessário por satisfazer nossas necessidades básicas e também supérfluas. E também ambições, vaidades, de sentimentos dos mais nobres aos instintos mais sórdidos, sem o mínimo sentimento de culpabilidade ou compromisso com a ética, bons costumes e respeito à dignidade alheia.
Ganhar dinheiro é bom e saber ganha-lo melhor ainda. E, realmente, não lhe cabe culpa se seu portador foi honesto ou não na sua aquisição. Pouco lhe importa; o que ele quer é circular, andar de mão em mão, servir apenas àqueles que sabem trata-lo bem. Objetivos não lhe dizem respeito.
Consciente de ser a mais importante mercadoria, que proporciona adquirir todas as outras, cobiçada como nenhuma, não tem compromissos com a ética e sim com os propósitos do portador, mesmo assim, sem qualquer responsabilidade, compartilhamento.
Volúvel, volátil, desprovido dos mínimos sentimentos (qualquer um) a quem quer que seja, muda de mãos a quem lhe promete afagos. Ao menor sinal de risco, cria asas, voa, vai-se, esvai-se de maneira idêntica aos cínicos.
E mais: é elitista, preconceituoso. Adora os ricos, alimenta suas ambições desmedidas, suas futilidades descabidas, satisfaz e lustra seu ego. Já com os pobres, trata-os com indiferença, desprezo, faz-se escasso, minguado até para as suas necessidades básicas.
Para ele, finalidade não é com ele. Tanto faz se é alguém que num comando de computador, no puxar de um gatilho ou numa ordem por telefone transfere milhões para suas reservas um dinheiro sujo, manchados de sangue ou o salário minguado, suado do trabalhador honesto nem consegue chegar ao fim do mês.
Se causa prazeres efêmeros ou lágrimas dolorosas isso não lhe diz respeito, nem muda sua rotina de vida.
Para mim, portanto, não cabe colocar no mesmo papel algo totalmente distinto, díspares.
Um é soberanamente justo e bom.
O outro é sinônimo de tentação, combustível para pensamentos e atitudes das mais sórdidas.
Se para Um que tudo sabe, reconhece a sua importância para a nossa qualidade de vida e nos intui de como usa-lo sem nos deixar levar pela sedução que engana, o outro, transmite a falsa impressão que somos deuses.Péssima ilusão.
Por isso, louvo a intenção do Ministério Público Federal em eliminar das cédulas do real a expressão "Deus seja louvado".
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