sábado, 17 de agosto de 2013

FORA DOS TRILHOS

O Brasil descarrilou de vez. Não me refiro ao escândalo das concorrências dos trens paulistanos, onde uma das empresas beneficiadas do cartel resolveu jogar no ventilador para se livrar  das punições. Esse é mais um dos tradicionais casos de corrupção tão comuns entre nós que alimentam o noticiário da imprensa até surgir outro para ocupar seu lugar.
Se essa denúncia nos mostra mais uma vez quanto está apodrecida nossa estrutura administrativa, em todos os setores, há outros descarrilamentos que nos provocam náuseas. Vamos lá:
1 - Os doutos ministros do Supremos Tribunal Federal de quem esperamos a melhor aplicação dos seus conhecimentos jurídicos na aplicação das leis e a moderação para que as divergências naturais não ultrapassem os limites da civilidade, freqüentemente esquecem esse princípio quando são contrariados em seus argumentos e partem para agressões inadmissíveis naquele recinto.
2 - As críticas - justas por sinal, à violência descabida da Polícia Militar de São Paulo na primeira manifestação de rua da capital  paulista provocou um efeito letárgico nas autoridades e, do absurdo da violência passamos para o absurdo da inércia. E o que vemos hoje?  vândalos depredando e saqueando estabelecimentos comerciais, dilapidando o patrimônio público, invadindo prédios públicos, cujo ponto culminante foi a invasão da sede do governo do Espírito Santo, sob o olhar passivo da Polícia Militar. Não culpo a PM; e sim o governador que não teve coragem pra determinar que a polícia reagisse à altura. Merecia ser processado por crime de responsabilidade.
3 - A polícia detêm um suspeito no Rio - Amarildo, que por encanto, por encanto? simplesmente sumiu. Ninguém sabe ninguém viu.
4 - O Presidente do Supremo adquire legalmente um apartamento em Miami, porém utiliza de métodos nada ortodoxos: cria uma empresa com fins lucrativos e se coloca como diretor (não permitido pelo estatuto da magistratura) e, como endereço da sede,  o apartamento funcional que reside. Também proibido por lei.
5 - Sob a alegação de que as verbas parlamentares incluídas no orçamento pelo modelo atual são um instrumento para o governo barganhar apoio, um diagnóstico correto, a Câmara de Deputados em vez de eliminar tal prática, o que seria uma medida moralizadora e daria aos congressistas mais autonomia, cria o mecanismo do orçamento impositivo. Mais uma fonte de corrupção foi criada pelos nobres congressistas  que dentro de pouco tempo estará abastecendo a imprensa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário