O amor, sentimento mais nobre que o ser humano
carrega dentro de si é também o mais sensível e frágil. Quando amamos
verdadeiramente alguém somos capazes de nada ver em volta, pois nossos olhos se
encontram exclusivamente voltados para quem amamos e nada importa o que está em
volta, porque a presença do amado encobre tudo.
O fato de ser nobre, não faz com que ele por
maior que seja não tenha suas exigências, seu limite de tolerância e acima de
tudo necessite de uma reciprocidade, principalmente no item respeito e consideração. Por
isso que as separações são quase sempre doloridas, sofridas porque o coração
que ama verdadeiramente só nesse momento descobre que por mais que parecesse
não era correspondido. E aí dói, e dói muito.
Como o sentimento amor não se apaga por se tratar
de algo que trazemos dentro de nós, cabe-nos, vencidos os momentos iniciais do
trauma desviar o curso desse amor intenso para o que há de mais importante na
nossa vida: nós mesmos.
Podemos não ser importantes para ninguém, mas
para o mundo, somos a pessoa mais importante que existe. E não é egoísmo. É a
valorização do nosso eu, maltratado, machucado, ferido, doído e enganado pelas
tramoias que nossos corações aprontam para nós.
Mas a dor do amor tem cura e o remédio se encontra na razão, que confidencialmente aconselhará ao dolorido coração que os
tropeços fazem parte do aprendizado, que as dores são necessárias para
fortalecer a alma e que da mesma maneira que amor com amor se paga, um amor com
outro amor se apaga.
Levante a cabeça, seque as lágrimas, hiberne um
pouco o coração e bloqueie os sentimentos mal endereçados. E, enquanto o coração
se recupera, verá que aos pouquinhos a "sofrência" vai cedendo espaço a consciência de que sofrer é cultivar dor, alimentar raiva, cultuar o abstrato.
Não devemos nos esquecer nunca que o amor é um sentimento tão forte que superou a dor da perda de um amor que por mais forte que tenha sido só foi bom enquanto durou.
Ao acabar,
acabou.
Quantas vezes já disse palavras parecidas para outras pessoas e agora as repito diariamente a mim mesma. "Ao acabar, acabou". Passa para todo mundo, vai passar para mim também. Grande abraço.
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