Se entre nós ainda estivesse estaria completando hoje 67
anos e certamente estaríamos, comemorando juntos seu aniversário com comida
baiana (feita por ele), cerveja, caipirosca whisky e acima de tudo muita
alegria, piadas, brincadeiras das mais variadas inclusive boas pegadinhas. Não
seria diferente pois Rui foi um homem sério sem abrir mão do humor, do rir, do
brincar e também do aprontar.
Recem formado em arquitetura alçou um voo de quase 3 mil
quilometros de Salvador em busca de sua afirmação como profissional, indo
trabalhar na prefeitura de Joinville e posteriormente na Camara de Vereadores.
Juntamente com a equipe que implantou o primeiro plano
urbanistico da cidade conseguiu viabilizar uma série de intervenções que
impediram Joinville se transformar exclusivamente numa cidade cujas
preocupaçãoes fossem especulação imobiliária e automóveis. Com isso cresceu e
desenvolveu voltada para a essência da cidade, o ser humano e,
consequentemente, sem a perda de suas caracteristicas tradicionais que a todos
encanta e envolve.
Tanto na Prefeitura como na Câmara de Vereadores, onde um
parecer seu era importante o patrimonio público na área de urbanização, jamais
se deixou encantar pelo canto da sereia, legando para a cidade intervenções
urbanas necessárias para o momento e importantíssimas para o seu futuro, para
os seus habitantes, condições de vida e para seus filhos, ex-esposa, familiares
e amigos um nome respeitado e digno.
Recordo-me que numa das minhas idas a Joinville ouvi um
elogio a Rui feito por Botija que jamais esqueci: "Considero um dos
melhores urbanistas do Brasil. Não está rico porque não quer". Sim,
morreu pobre porem com uma riqueza de carater que é um exemplo para todos nós
e, em especial, para seus filhos Vinicius e Bernardo que seguem o seu exemplo e
de sua mãe Raquel.
São cinco anos de ausencia e saudade de alguem que era uma
"casa cheia". São cinco anos de respeito à memória de um ser humano
que se fez respeitar pela competência, carater, alegria e acima de tudo pelo
constante amor com que se dedicava aos filhos, familiares, amigos, profissão,
trabalho e a cidade que adotou-o, Joinville, sem esquecer de suas origens
baianas que eram constantemente reverenciadas na moqueca, caruru, vatapá, a
pimenta, a farinha e os demais temperos da infância, juventude e adultidade,
pelos seus dotes de cozinheiro que deixava todos seus convidados, inicialmente
de agua na boca e depois de servidos, sem a consciência pesada do pecado da
gula.
Onde estiver meu irmão, saiba que continuamos com saudade,
uma saudade sem egoismo, e sim respeitosa e, com a ligeira desconfiança que
alguns anjos já foram vítimas de suas gozações.
Beijos e abraços de todos nós.
Lindo, tio! Trouxe lágrimas de saudades... Octavio Soares
ResponderExcluirMuito lindo tio....sempre muito bom ler, escutar histórias do pai!!!!
ResponderExcluirObrigado tio
Parabéns pai
Putz, fiquei emocionado com isso. Meu amigo RuiBorba, saudades.
ResponderExcluirCom certeza ele deve estar barbarizando lá em cima, com minha avó se acabando de dar risada.
ResponderExcluirBeijos para o meu padrinho amado.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirAmigo, o fundamento maior da saudade é a história. feliz daqueles que fazem história, eles serão eternos....
ResponderExcluirO facebook me fez relembrar esse texto maravilhoso . A data do seu aniversário ,por incrível que pareça, é sempre lembrada por muitos funcionários da CVJ. Hoje ainda comentamos sobre isso eu e Lucimar
ResponderExcluirAmigo Helio.
ResponderExcluirHooje, se entre nós estivesse estaria comemorando 71 anos.
Fisicamente não está. Mas, 5 anos passados sua presença continua viva na nossa memória, como irmão, pai, amigo, ex-esposo, tio, primo e por uma infinidade de pessoas que tiveram a oportunidade de conhece-lo.
Pela manhã orei por seu espírito pedindo mais iluminação e Paz.
Obrigado pela lembrança.