Quando o
outono da vida começa a descerrar a cortina para que no palco o inverno se
instale, percebemos que a grande diferença entre a velhice e a juventude, que
embora pareçam muitas, na realidade são somente duas. A primeira é que jovens,
sonhamos pra frente, na velhice sonhamos
para trás. A segunda é que no primeiro caso são apenas sonhos que se realizarão
ou não e, no segundo caso são realidades que nos trazem a felicidade de terem
sido sonhos.
Eu sonhei em
ser feliz e fui. Fui por me conscientizar que felicidade não se compra, não se
ganha, não depende dos outros. Conquista-se com muita luta, muito sacrifício,
muito desprendimento e, acima de tudo muita doação. De sentimentos, de perdas,
de valorização de cada minuto que vivemos, da conscientização de que sendo um
estado de espírito eu preciso alimenta-lo continuamente com bons sentimentos,
melhores pensamentos e muito desprendimento.
Felicidade
não é abrir mão dos bens materiais e sim, dar-lhes o justo valor para dele não
se tornar escravo. E nada pior do que a escravidão. Principalmente de
sentimentos. De culpa, de vazio, de desprezo, de abandono. Daquela solidão que
muitas vezes nos aflige, principalmente quando estamos rodeados de pessoas.
Hoje, às vésperas dos 3/4 de século, quando o horizonte se encurta numa realidade incontestável, o bom é reconhecer que por mais difícil que tenha sido a vida é ter a consciência do real valor do maior patrimônio que Deus nos deu: a VIDA.
Emocionante!
ResponderExcluirLindo! O texto e você!!
ResponderExcluirreflete muito a conversa de segunda-feira.
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