Dois
episódios completamente distintos, causas diferentes e a mais de 10.000km de
distância estão unidos pelo grotesco da origem.
Refiro-me
ao rompimento da barragem em Mariana, Minas Gerais e o atentado terrorista na
sexta-feira passada em Paris.
Em ambos, o desprezo a vida causaram mortes, mutilações e traumas que
persistirão para sempre na memória das vítimas e familiares.
Se em
Mariana uma barragem de uma mineradora
rompeu por falta de medidas preventivas dos seus proprietários –um dos mais
importantes e mais rentáveis do Brasil, com complacência total
dos órgãos governamentais encarregados de sua fiscalização, em Paris a
insanidade de grupos assassinos em nome de um deus inexistente espalharam
terror, mortes e um rastro de sangue na noite parisiense.
Em
Mariana a ganância do lucro e desprezo por vidas e meio ambiente. Em
Paris, insanidade religiosa (pseudo), de paranoicos estúpidos, falsos loucos,
insanos mentais totalmente incapazes para a vida em sociedade.
Em Mariana um mar de lama soterrou vidas, destruiu floresta, matou peixes, assassinou um rio e ao longo do seu trajeto vai semeando destruição, espalhando detritos e segundo os especialistas ameaça os corais de Abrolhos. Dor muita dor ao longo do percurso destruidor.
Em Paris um rastro de sangue deixa suas marcas de dor e violência e indelevelmente se fixa na memória de todos.
Em ambos a degradação moral alimentadas pela ganância e pela intolerância.
Desculpem-me a rudeza das palavras: diferem pouco os dirigentes da Samarco dos terroristas de Paris. Ambos são cegos. Uns por dinheiro, os outros pelo fanatismo.
Em Mariana um mar de lama soterrou vidas, destruiu floresta, matou peixes, assassinou um rio e ao longo do seu trajeto vai semeando destruição, espalhando detritos e segundo os especialistas ameaça os corais de Abrolhos. Dor muita dor ao longo do percurso destruidor.
Em Paris um rastro de sangue deixa suas marcas de dor e violência e indelevelmente se fixa na memória de todos.
Em ambos a degradação moral alimentadas pela ganância e pela intolerância.
Desculpem-me a rudeza das palavras: diferem pouco os dirigentes da Samarco dos terroristas de Paris. Ambos são cegos. Uns por dinheiro, os outros pelo fanatismo.
Aqui,
empresas que vivem da exploração das riquezas da natureza, dirigidas por
pessoas teoricamente cumpridoras da lei e inseridos no cotidiano social, mataram pessoas,
animais, peixes, destruíram vegetação e assassinaram o Rio Doce. Em Paris, cérebros alienados, mataram pessoas a sangue frio.
Ambos conscientemente cometeram crimes hediondos.
Ambos conscientemente cometeram crimes hediondos.
Não
existe diferença entre os terroristas de Paris e os responsáveis pela Samarco,
exceto a armas utilizadas nos seus crimes.
Semelhanças com certeza existem muitas. E a mais gritante, a mais desprezível,
a mais desqualificante, a mais hedionda:
desrespeito a vida.
Qualquer que seja a espécie e forma de vida.
Qualquer que seja a espécie e forma de vida.
Belo texto Virgílio, você foi muito feliz nesta triste comparação, pessoas erram movidas pela ganância criminosa, pelo fanatismo desenfreado e acima de tudo um desrespeito ao ser humano, seja qual for o credo, raça ou tendência política. Um déficit de cidadania impossível de ser sanado. Parabéns amigo!
ResponderExcluirAmigo posso transcrever tua coluna no meu blog?
ResponderExcluirSerá uma honra para mim e desde já agradeço a gentileza do amigo.
ExcluirMuito bom! Transcreve lucidez e experiência.
ResponderExcluirGrato pelo comentário.
ExcluirMuito bom texto amigo. Parabéns.
ResponderExcluirFoi eu "O Comendador" rsrs
ExcluirObrigado pelo toque de nobreza Comendador.
ResponderExcluirGrande Virgílio !
ResponderExcluirQue saudade de sentar e conversar !
Que saudade !
A saudade é recíproca.
ResponderExcluirFeliz por reencontra-lo por aqui.