sábado, 7 de novembro de 2015

MEDO DE MORRER



     Da mesma maneira que temos sempre uma justificativa para a morte: bebia demais, fumava, não seguia o tratamento prescrito, era imprevidente, não se cuidava, e por aí vai, também temos sempre um motivo para justificar o medo da morte.
     Uma das mais corriqueiras é o medo de ir para o inferno que nos foi de modo massacrante, colocado pela igreja Católica. Outras é não saber o que vai  ocorrer conosco, do desconhecido, de ser enterrado vivo, do fm de tudo,  etc., etc., etc.
     O excessivo apego à matéria, o deslumbramento com as luzes do palco da vida transitória fazem com que o espírito esqueça os compromissos assumidos  quando do processo reencarnatório levam, quando a consciência desperta, ao medo do retorno por saber muito bem das consequências do dever não cumprido. Junte-se a isso a sublime ignorância às leis da vida, do viver, ou melhor, do saber viver dentro dos princípios imutáveis das leis divinas.
     Ora, o espírito sabe que é imortal e que sua passagem no mundo dos encarnados além de ser importante para sua evolução, é transitória. Portanto o medo não deveria existir. Se existe ele sabe muito bem por que.
     Portanto saibamos viver, vivamos para lapidar o diamante bruto que existe em nós, afastando dos nossos pensamentos e ações todas as impurezas das nossas imperfeições. Lapidemos com bastante carinho essa pedra cuja dureza tanto serve para os trabalhos mais rudes como também – após um paciente trabalho de lapidação, ornamentar a morada temporária do espírito imortal. E da mesma maneira que um hábil joalheiro com suas ferramentas de trabalho transforma um diamante bruto em brilhante valioso, nós joalheiros da nossa própria vida podemos sim lapidar o diamante bruto criado por Deus num sopro divino, utilizando as mais importantes ferramentas: o amor e a caridade.


Um comentário: