A paz, a harmonia, o respeito, a civilidade e a tolerância voltam a coabitar as dependência do STF, em especial no plenário com a renúncia ao cargo de ministro do Sr. Joaquim Barbosa. Isso não quer dizer que os duelos deixarão de existir entre eles; sempre houve. Apenas voltarão a ocorrer com suas excelências manejando habilmente seu riquíssimo estoque de floretes verbais e não com chutes violentos e desleais nas canelas que se atreviam a discordar de um troglodita medieval.
Não duvido dos seus conhecimentos, certamente tem. Porém esse é apenas um dos requisitos e não o único. São necessários também reputação ilibada, educação e condições para viver em sociedade. Essas decididamente esse cidadão não possui.
Com referência à reputação ilibada, para que não sejamos considerados radicais, digamos que um B.O. em delegacia policial com acusação de agressão física à ex-mulher, já é um arranhão, como também utilizar de métodos que ferem a legislação do seu país para usufruir vantagens na compra de um apartamento no exterior e colocar como sede dessa empresa seu domicílio funcional, contrariando normas, também não pode ser considerado um procedimento lícito. Também, em férias, realizar palestras no exterior com passagens, hospedagem e direito a diárias como se estivesse a serviço, não pode ser considerado ético tal comportamento.
No quesito de comportamento social, suas constantes demonstrações de desapreço ao próximo, inclusive e principalmente aos seus pares do Supremo foram tantas desde que ali se empossou. Em um dos primeiros debates em plenário agrediu verbalmente o decano Eros Grau que calou o brucutu com a seguinte frase: "Não me digas que vai bater num velho caquético da mesma maneira como bate em mulher".
Essa foi a primeira das inúmeras agressões verbais ao longo de sua passagem contra colegas, advogados, subalternos e todos aqueles que contrariavam suas opiniões. Certamente por faltar-lhe argumentos, não se constrangia em reagir agredindo. Será? Pode ter sido... ou não. Talvez esse comportamento seja a maneira por ele escolhida para esconder um pretérito que lhe incomoda.
Enquanto em outros, esse passado é motivo de honra talvez para ele seja motivo de angústia e o melhor seja apaga-lo. Na impossibilidade tenta reescrever o dos sonhos para ser reconhecido pelos pósteros como o de paladino do direito, símbolo único de aplicação de justiça, mesmo que para tal precise interpretar as leis de acordo com a sua ótica e não como realmente ela é.
Ora, sentindo que a sua "verdade" não se sustentaria, nada melhor e mais heroico que uma saída do palco com os holofotes todos acesos iluminando a sua grande coreografia. A coreografia da ilusão que a proporção que os holofotes forem se apagando, a fantasia e a ilusão apagar-se-ão e a realidade despertará.
Quando isso acontecer, o arrependimento (se isso ocorrer), esse remédio amargo, lhe mostrará que o passado lindo que teve não precisava ser reescrito para atender o seu orgulho e vaidade.
Era uma obra de arte que não precisava de retoques pois foi escrito com tintas reais e indeléveis.
Uma pena.
Certamente você sabe que não concordo com esta sua opinião. Mas também não posso deixar marcado que li seu texto, como todos os outros, sempre muito bem escritos. Um grande abraço. Raquel.
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