Nem bem saímos da ressaca das tradicionais
comemorações da virada do ano, somos surpreendidos com o ataque terrorista à redação do jornal satírico francês Charlie Hbdo.
Em "defesa" do profeta Maomé, débeis mentais e
supostos seguidores do islamismo agem de maneira totalmente inversa ao que
pregava o Profeta: tolerância e respeito ao próximo. Com essa atitude além de
desrespeitarem a filosofia islâmica, contribuem para que uma reação também desproporcional
coloque em risco a vida dos muçulmanos que verdadeiramente seguem os
ensinamentos do Profeta.
É, infelizmente, o ressuscitar em pleno século XXI
dos mesmos absurdos que em nome de Deus a
Igreja Católica praticou durante o período inquisitorial.
Insano, injustificável, inaceitável o atentado ao
Charlie Hbdo que fez 12 vítimas, entre elas jornalistas mundialmente conhecidos que,
pela genialidade do traço, manifestavam suas opiniões e com isso alcançavam uma
repercussão infinitamente maior.
Extremistas na arte de satirizar os extremos, hábeis
na arte de chocar os fanáticos, inteligentes suficientes para encantar a
intelectualidade, mesmo condenando o episódio não podemos deixar de reconhecer
que em muitos momentos extrapolaram na arte de criticar.
Da mesma maneira que franqueza sem limites passa a
ser falta de educação, a liberdade de expressão, certamente o maior direito das
pessoas não só pelo fato de materializar ideias, confrontar inteligências, proporcionar
diálogos, esclarecer dúvidas, etc., pode também, quando ultrapassados os limites
do bom senso, se tornar no instrumento que vitimizará o direito que justamente defendem.
Em reação natural, porém totalmente insana o outro
lado passa a se julgar com os mesmos direitos de reagir com as mesmas armas. É
o que estamos vendo nesse momento onde insanos racistas se aproveitam para
eliminar muçulmanos.
Esperamos que a reação ao atentado, inclusive de personalidades
com poder e prestígio suficientes para combater esses crimes não se limitem
exclusivamente ao momento da comoção e com o passar do tempo não se acomodem.
Também esperamos que os órgãos de segurança
normalmente cantados em prosa e verso como símbolo de eficiência e tradicionais
glutões de verbas públicas traduzam em real eficiência o que dizem deles. Mesmo
porque o que temos visto até agora são suas mastodônticas estruturas com o de
mais moderno em parafernálias eletrônicas serem desmoralizadas por grupos e sub
grupos que por mais eficientes que sejam não passam um bando de fanáticos.
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