quinta-feira, 18 de julho de 2019

EMBAIXADA OU HAMBURGUERIA?



    O prato do dia tem sido a noticiada indicação de Eduardo Bolsonaro para embaixador do Brasil nos Estados Unidos. Não dá para acreditar em tamanha sandice. Fico com a impressão que Jair Bolsonaro ainda não acreditou que foi eleito para o amais alto e importante cargo do Pais e mesmo sete meses após empossado não tomou noção do que é ser presidente da República ou que tal cargo é brincadeira. 

     O despreparo para o cargo é total que ele por mais que tente não consegue disfarçar.

    A indicação do filho para a mais importante embaixada do Brasil é ao mesmo tempo total desconhecimento de política internacional, um desrespeito ao Itamaraty que reconhecidamente possui um excelente quadro de diplomatas graduados pelo Instituto Rio Branco que após a graduação segue uma um roteiro prático na ocupação de cargos   que  inicia na terceira secretaria até a de embaixador ocupando embaixadas menores até alcançar o topo, cujas mais importantes Estados Unidos, França e Inglaterra, também como circuito Elizabeth Arden, sem falar do desprezo que mostra pelo Brasil.

    O presidente Jair Bolsonaro demonstra confundir o Brasil com empresa familiar onde ele é o maior cotista. O Brasil é um país e ele não foi eleito para fazer o que lhe dá na telha. Os eleitores que lhe deram um mandato de quatro anos para o cargo mais importante não lhe concederam direitos ilimitados e sim e exclusivamente aqueles que estão determinados na Constituição. 
  
   Embora esteja nas suas prerrogativas o direito de indicar embaixadores, sua indicação está sujeita a aprovação do Senado que pode vetar a indicação; o problema não está na indicação e sim no indicado que demonstra claramente ser incapacitado para o cargo e que não tem o menor constrangimento em expor  seu despreparo, ao cúmulo de declarar que tem condições para ocupa-lo pois já fez intercambio e porque fritou hamburguer sob frio intenso no Maine. Tenha dó. Será que não seria mais adequado o cargo de gerente da Mac Donald no Alaska?

    A indicação do filho para embaixador fez-me lembrar de um episódio histórico ocorrido na poderosa Roma, quando o Imperador Cesar indicou para ocupar uma cadeira no Senado seu cavalo Incitatus. O Brasil não é Roma, você não é Cesar nem o Estados Unidos é o Senado. 

   Suas declarações de que seu filho desfruta da simpatia de Trump e que tem a mesma idade dos seus filhos é tremendamente ridícula. A não ser que ele vá para os States para brincar com carrinhos e lanchinhas nos jardins da Casa Branca.

    Por ironia ou não a imprensa divulgou que Trump em reciprocidade poderá indicar seu filho para ser embaixador em Brasília.

    Acorda Bolsonaro, toma consciência do cargo para o qual foi eleito.
   
    Seja incompetente, mas não seja ridículo.    


    

4 comentários:

  1. Gostei. Infelizmente estamos vivendo um retrocesso.. inclusive isso tudo, acredito que foi armado para retirar o prestígio que o Brasil tem, ou se ainda tem, e com isso, as nossas riquezas serem vendidas a preço de bananas, como estamos vendo, portanto, o que está acontecendo foi uma estratégia certeira dos Estados Unidos para nos golpear quando menos esperássemos. Sim, quando estivéssemos sonolentos, pois após a espionagem, em que grampearam a então presidenta, e nada se foi feito. Daí dormimos no ponto.. então hoje estamos assistindo o espetáculo das atrocidade cometidas por esse tão incompetente governo.

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  2. Um ótimo comentário. Lúcido, competente e embasado em exemplo. Grato

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  3. Com todo o respeito ao seu infeliz comentário, o sr esqueceu-se que no Governo do PT, Lula nomeou a Benedita da Silva como embaixadora do Brasil nos EUA e ela nem falava inglês. Alias lembra-se do do escândalo do aluguel da limousine nos EUA por Benedita?

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