quinta-feira, 22 de agosto de 2019

80 ANOS (3)


    Outro fato que recordo: a guerra entre os dois Vietnãs de 1959 a 1975, o tipo de guerra sem nexo (se é que pode haver nexo em qualquer guerra) porque finda a guerra da Indochina quando os franceses foram derrotados, os governantes desejavam a unificação do país. E em vez de procurarem destacar as convergências acentuaram as divergências e, como sempre, os americanos meteram o seu bedelho, optando sua preferência pelo Vietnã do Sul, enviaram para o matadouro 500 mil soldados, utilizaram armas químicas e terminaram saindo de lá massacrados e humilhados pelos vietcongs. 
   Um fato despertou minha curiosidade: de tanto ouvir no noticiário que os americanos despejaram toneladas de bombas no Vietnã do Norte matado milhares de vietnamitas e escapado praticamente sem baixas, um dia pela manhã peguei um mapa-múndi, procurei localizar onde era o Vietnã e ao ver a diferença de tamanho entre os dois comentei comigo mesmo: ou os americanos estão mentindo e está perdendo a guerra ou esse país já sumiu do mapa. Pouco tempo depois os Estados Unidos saíram escorraçados com o rabo entre as pernas e os comunistas assumiram o poder.
    Em 22 de novembro de 1963, uma notícia abala e choca o mundo: John F. Kennedy é assassinado em Dallas. A imagem de sua mulher Jackie Kennedy tentando recolher os pedaços do cérebro de seu marido foi chocante. Até hoje essa morte não foi totalmente esclarecida.  Em 1968, seu irmão Robert Kennedy no dia 5 de junho 1968, recebeu 3 tiros em um hotel de Los Angeles, quando fazia campanha eleitoral para presidente dos Estados Unidos, vindo a falecer no dia seguinte. Antes, em 4 de abril do mesmo ano em Memphis, é assassinado a tiros Martin Luther King Jr., pastor protestante, ativista político estadunidense e um dos mais importantes líderes do movimento dos direitos civis dos negros no Estados Unidos e no mundo. Encerrando esse ciclo de mortes violentas  John Lennon, um dos fundadores do mais famoso grupo de rock do mundo The Beatles em 8 de dezembro de 1980 é assassinado na porta de entrada do Edifício Dakota em New York onde residia.
   Finalizando esse giro internacional, lembro-me da queda do muro de Berlim em novembro de 1991. Chegava ao fim, o símbolo físico da 2ª guerra mundial a Alemanha estava reunificada; iniciava o processo de crescimento da Alemanha.
    Voltando ao Brasil, em 1989, após 29 anos o eleitor brasileiro voltou a eleger pelo voto direto seu presidente da República.  Concorreram no 1º turno entre outros candidatos, Afif Domingos, Afonso Camargo, Enéas, Leonel Brizola, Mario Covas, Ulysses Guimarães, Roberto Freire, Aureliano Chaves, Paulo Maluf, Ronaldo Caiado Fernando Collor e Lula.
   O caçador de marajás, como se intitulava Collor foi ao segundo turno com Lula e à véspera da eleição, a rede Globo reeditou o debate manipulado vergonhosamente para ajudar o autointitulado caçador de marajás que foi eleito e mais uma vez o eleitor elegia para presidente um vigarista, como fizera quando elegeu Jânio Quadros. Ele, que espalhou aos quatro ventos que se Lula  fosse eleito a poupança seria confiscada, no dia seguinte à posse confiscou poupança, conta corrente, aplicações, etc. etc. e em dezembro de 1992, após uma série de denúncias de corrupção  comandada pelo seu amigo de fé camarada Paulo Cesar Farias, renunciou ao cargo, assumindo o vice Itamar Franco que criou o Plano Real, livrou  o Brasil do atoleiro financeiro controlou a inflação e conseguiu eleger Fernando Henrique Cardoso que ficara com os louros do plano. Presidente por dois períodos, iniciou um programa de inclusão social, privatizou algumas estatais, umas de a preço de banana, foi acusado de corrupto e substituído por Lula que ampliou as conquistas sociais, tirou milhões de brasileiros da fome, ampliou a classe média, instituiu uma política de reajuste do salário mínimo com ganho real, liquidou a dívida externa, aumentou significativamente o número de universidades, criou o FIES, a política de cotas, ampliou o Bolsa Família, os ricos ganharam muito dinheiro, especialmente os banqueiros e mesmo com a denúncia do mensalão ainda no primeiro mandato conseguiu se reeleger e quatro anos com índice de popularidade de 85% emplacou sua candidata Dilma Rousseff que também foi reeleita e devido a crise econômica, o aumento do desemprego em 31 de agosto de 2016 sofreu “impeachment”, acusada de ter praticado "pedaladas", algo que todos os governantes praticavam. 
   Assume a presidência seu vice Michel Temer. (CONTINUA AMANHÃ)

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