segunda-feira, 25 de junho de 2012
UM GOLPE DE MESTRE
Encravado entre Brasil, Argentina e Bolívia, tradicional destino dos sacoleiros brasileiros, reconhecidamente um exímio falsificador de produtos muitos deles já falsificados, destino da grande maioria dos carros roubados/furtados de São Paulo até o Rio Grande do Sul onde são "esquentados" e passam a circular livremente, terceiro produtor mundial de soja embora sua área total (406.752 km²) seja um pouco menor do que o estado do Mato Grosso do Sul, o Paraguai normalmente ocupa o rodapé do noticiário.
Enquanto os sírios continuam se matando indicrminadamente na tentativa de derrubar seu presidente;
enquanto os egípcios vão às urnas com os militares fechando instituições e ditando regras para garantir sua participação no poder e os dois candidatos roclamavam-se vencedores antes do comunicado oficial;
enquanto o G20 se reunia no México para tentar resolver a crise em que eles enfiaram o mundo e que a cada dia vai engolindo uma economia importante (importante?);
enquanto os gregos nas urnas decidiam se valia a pena continuar na zona do Euro ou não;
enquanto os países ricos (por enquanto) da zona declaravam que se os gregos saíssem da zona, a zona acabaria, numa demonstração cabal de que a zona é uma verdadeira "zona e o euro apenas a moeda que sustenta a cafetinagem;
enquanto toda a imprensa mundial, as ong's, os mais variados defensores da mais variadas coisas em nome da defesa do meio ambiente se reuniam no Rio de Janeiro sob a organização da ONU para defendeer seus interesses particulares na Rio+20;
enquanto tudo isso acontecia... o Paraguai inovava em matéria de golpe.
Fugindo ao tradicional modelo de militares empoleirados em seus tanques desfilando nas ruas, ocupando prédios públicos, pontos estratégicos, fechando fronteiras, impondo a censura e invadindo o palacio presdencial para desalojar seu ocupante em nome da lei, do respeito à constituição violada, da garantia dos direitos dos cidadão e na defesa da soberania nacional, o congresso paraguaio abre processo, investiga, ouve acusação, defesa e resolve apear da presidencia o ocupante do cargo. Tudo isso em apenas 30 horas. Um récorde.
Com a mesma competência que desmoralizam produtos falsificados, fabricando falsificações melhores, conseguiram demonstrar aos militares que são mais competentes que eles no ítem golpe de estado.
Reconheçamos: foi um golpe de mestre.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário