sexta-feira, 25 de julho de 2014

LIÇÕES (ALGUMAS) DA COPA DO MUNDO



     Não foi, nem poderia ser em vão a Copa do Mundo encerrada no dia 13 de julho com a vitória da Alemanha.  Lições que, se bem aproveitadas nos ajudarão em muito nas Olimpíadas – embora seja um evento com perfil totalmente diverso e também para qualquer outra empreitada em que o Brasil venha participar, principalmente no enfrentamento dos nossos problemas internos que são muitos.
     Para os descrentes, os profetas do caos, os portadores do complexo de vira latas e principalmente àqueles que pregavam ações violentas durante sua realização a lição foi dura. Os estádios ficaram prontos e funcionaram a contento. Mesmo com muitas obras de mobilidade prometidas e inacabadas em sua maioria, não houve os transtornos profetizados com relação ao acesso aos estádios e muito menos no retorno às residências. E os aeroportos cumpriram com louvor sua finalidade.
     Os vândalos que esperavam mostrar seu poder de fogo criminoso, reprimidos com a firmeza e sem a violência que de maneira masoquista desejavam, recolheram-se à sua insignificância moral.
     Até nossa Policia Federal muitas vezes injustamente criticada pôde mostrar sua capacidade ao desbaratar uma quadrilha que há quatro copas promovia o cambio negro dos ingressos.
     O clima festivo das ruas, o jeitão comunicativo dos brasileiros superou a barreira das línguas e transformaram todos em verdadeiros irmãos, inclusive os “hermanos”.
    O clima foi tão contagiante que algumas seleções (principalmente a campeã) se deixaram envolver. Todos, sem exceção, levam do Brasil uma excelente imagem. Que bom.
     Nos estádios, salvo os xingamentos à presidenta e a vaia ao hino nacional do Chile a torcida teve um comportamento exemplar, aplaudindo os melhores lances, vibrando com as belas jogadas e principalmente com os gols da seleção de sua preferência que nem se preocuparam em “premiar” os árbitros e auxiliares com aqueles adjetivos tão comumente escutados nos campos de futebol.  As mamães aliviadas agradecem.
     Já com a nossa seleção a frustração foi geral. Influenciados pela mídia, principalmente a Globo que diariamente nos massacrava com a ilusória capacidade dos nossos jogadores e os conhecimentos excepcionais do Felipão foi um fracasso memorável. A acachapante e humilhante derrota para a Alemanha por 7x1 mostrou toda a fragilidade de um time em que os talentos foram atropelados pela força e união do conjunto. E para nos mostrar que não fora um acidente encerrou a campanha levando 3x0 da Holanda, uma seleção, muito boa por sinal (saiu da copa sem derrota), mas que estava doidinha para voltar para casa, tendo inclusive seu técnico dito que a disputa pelo terceiro lugar era uma tremenda bobagem.
     Como sempre, apareceram as receitas para salvar o futebol brasileiro tendo como modelo o futebol alemão. Diante do estrondoso fracasso e das manifestações categóricas de que chegara a vez, um clima de esperança surgiu e mais rápido destruído com a escolha de Gilmar Rinaldi para coordenador da seleção, tendo como complemento Dunga como técnico.
     O primeiro até a véspera da indicação era agente Fifa com interesse na compra e venda de jogadores. O segundo com passagem medíocre anteriormente e mais conhecido pelas grossuras que praticava principalmente contra a imprensa logo confirmado seu nome, teve divulgada a sua participação como empresário do ramo e para completar, está sendo acionado pela Receita Federal por sonegação de impostos.
     Como vimos mudaram tudo para que continuasse nas mãos dos mesmos. Ou seja: nada mudou.
    Parafraseando Lavoisier que disse: “Na natureza nada se perde, tudo se transforma”, poderemos  dizer assim: no futebol brasileiro nada muda, só fazemos troca.
    Ney Franco trocou o Vitória pelo Flamengo de onde já fora trocado, tempos atrás. Certamente com prazo de validade vencido volta ao Fla, Wanderley Luxemburgo que desse mesmo clube já foi trocado três vezes. Como técnico de futebol não fica sem emprego dizem que no fim de semana, se o Bahia perder para o Internacional, o técnico Marquinhos  será trocado. Adivinhem quem falam para substituí-lo. Aquele que esse ano já foi trocado pelo Vitória e Flamengo: Ney Franco.

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