Não foi, nem poderia ser em vão a Copa do
Mundo encerrada no dia 13 de julho com a vitória da Alemanha. Lições que, se bem aproveitadas nos ajudarão
em muito nas Olimpíadas – embora seja um evento com perfil totalmente diverso e
também para qualquer outra empreitada em que o Brasil venha participar,
principalmente no enfrentamento dos nossos problemas internos que são muitos.
Para os descrentes, os profetas do caos, os
portadores do complexo de vira latas e principalmente àqueles que pregavam
ações violentas durante sua realização a lição foi dura. Os estádios ficaram
prontos e funcionaram a contento. Mesmo com muitas obras de mobilidade
prometidas e inacabadas em sua maioria, não houve os transtornos profetizados
com relação ao acesso aos estádios e muito menos no retorno às residências. E os
aeroportos cumpriram com louvor sua finalidade.
Os vândalos que esperavam mostrar seu
poder de fogo criminoso, reprimidos com a firmeza e sem a violência que de maneira
masoquista desejavam, recolheram-se à sua insignificância moral.
Até nossa Policia Federal muitas vezes
injustamente criticada pôde mostrar sua capacidade ao desbaratar uma quadrilha
que há quatro copas promovia o cambio negro dos ingressos.
O clima festivo das ruas, o jeitão
comunicativo dos brasileiros superou a barreira das línguas e transformaram
todos em verdadeiros irmãos, inclusive os “hermanos”.
O
clima foi tão contagiante que algumas seleções (principalmente a campeã) se
deixaram envolver. Todos, sem exceção, levam do Brasil uma excelente imagem.
Que bom.
Nos estádios, salvo os xingamentos à
presidenta e a vaia ao hino nacional do Chile a torcida teve um comportamento
exemplar, aplaudindo os melhores lances, vibrando com as belas jogadas e
principalmente com os gols da seleção de sua preferência que nem se preocuparam
em “premiar” os árbitros e auxiliares com aqueles adjetivos tão comumente
escutados nos campos de futebol. As mamães
aliviadas agradecem.
Já com a nossa seleção a frustração foi
geral. Influenciados pela mídia, principalmente a Globo que diariamente nos
massacrava com a ilusória capacidade dos nossos jogadores e os conhecimentos
excepcionais do Felipão foi um fracasso memorável. A acachapante e humilhante
derrota para a Alemanha por 7x1 mostrou toda a fragilidade de um time em que os
talentos foram atropelados pela força e união do conjunto. E para nos mostrar
que não fora um acidente encerrou a campanha levando 3x0 da Holanda, uma
seleção, muito boa por sinal (saiu da copa sem derrota), mas que estava
doidinha para voltar para casa, tendo inclusive seu técnico dito que a disputa
pelo terceiro lugar era uma tremenda bobagem.
Como sempre, apareceram as receitas para
salvar o futebol brasileiro tendo como modelo o futebol alemão. Diante do
estrondoso fracasso e das manifestações categóricas de que chegara a vez, um clima
de esperança surgiu e mais rápido destruído com a escolha de Gilmar Rinaldi para
coordenador da seleção, tendo como complemento Dunga como técnico.
O primeiro até a véspera da indicação era
agente Fifa com interesse na compra e venda de jogadores. O segundo com passagem
medíocre anteriormente e mais conhecido pelas grossuras que praticava
principalmente contra a imprensa logo confirmado seu nome, teve divulgada a sua
participação como empresário do ramo e para completar, está sendo acionado pela
Receita Federal por sonegação de impostos.
Como vimos mudaram tudo para que continuasse
nas mãos dos mesmos. Ou seja: nada mudou.
Parafraseando Lavoisier que disse: “Na
natureza nada se perde, tudo se transforma”, poderemos dizer assim: no futebol brasileiro nada muda,
só fazemos troca.
Ney Franco trocou o Vitória pelo Flamengo
de onde já fora trocado, tempos atrás. Certamente com prazo de validade vencido
volta ao Fla, Wanderley Luxemburgo que desse mesmo clube já foi trocado três vezes.
Como técnico de futebol não fica sem emprego dizem que no fim de semana, se o
Bahia perder para o Internacional, o técnico Marquinhos será trocado. Adivinhem quem falam para
substituí-lo. Aquele que esse ano já foi trocado pelo Vitória e Flamengo: Ney
Franco.
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