sábado, 3 de dezembro de 2016

DOR E FALTA DE VERGONHA



O funeral dos jogadores e dirigentes da Chapecoense encerra uma semana em que a surpresa, incredulidade, exemplo de solidariedade, consternação, lágrimas, sofrimento, comoção mundial, vergonha e nojo, escreveram mais um capítulo da nossa história.
     Na mesma madrugada de quarta-feira quando o avião da Chapecoense encerrou seu voo se espatifando num morro próximo ao aeroporto de Medellín devido a uma pane seca, a Câmara de Deputados desvirtuava por completo uma proposta de combate a corrupção de iniciativa popular que encaminhado ao Senado, Renan Calheiros queria votar de maneira açodada. Insensatez, absurdo, falta de respeito ao povo brasileiro e ao mesmo tempo uma demonstração explícita da falta de vergonha na cara dos congressistas.  
    Não custa lembrar que na quinta-feira o STF tornou réu por crime de peculato o presidente do Senado que não foi afastado do cargo graças ao ministro Dias Tófolli que pediu vistas (um direito seu) numa ação em que afastava da escala sucessória de presidência aquele que fosse considerado réu, embora por larga maioria votara a favor.
    Para encerrar esta pérola de falta de respeito com o povo e do cinismo de sua excrecência: “O Congresso não é obrigado ouvir o povo. Isto aqui não é como um cartório onde a gente carimba o que o povo está pedindo. ” Dep. Federal Rodrigo Maia, presidente da Câmara de Deputados.

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