quinta-feira, 2 de março de 2017

CARNAVAL...“SURUBA”...E "SURUBEIROS"




       Embora seja uma festa que reúna milhões de pessoas nas ruas dos mais variados credos, cores, opções sexuais, foliões autênticos – a absoluta maioria, e outras que aproveitam  a ocasião para praticar suas taras, existe uma diferença incalculável entre carnaval e “suruba”. Carnaval é festa, alegria, povo, e em alguns casos sacrifício de um ano inteiro para comprar a fantasia e por aí vai.
    Já “suruba” é outra coisa totalmente diferente que dispensa minha definição pois todos sabemos o que, é.
     As inúmeras diferenças entre carnaval e “suruba”... aliás todas, há uma que não se discute: carnaval é coisa séria, tem início e fim e, apesar de muita bebida, há limites. Já a “suruba”, embora todos saibam que existe e muitos pratiquem, há a necessidade do sigilo para que seus participantes não sejam detidos por atentado violento ao pudor pelas autoridades policiais e escárnio dos moralistas de plantão em defesa da moral e dos bons costumes.
    “Suruba”, a depender da pessoa poder gostar ou não, fazer ou não, confirmar ou negar que faz ou não.
    Já “surubeiro” é aquele vagabundo, ladrão, safado que entra para a política, com o único propósito de desviar verbas públicas, receber propinas e passear pelo Código Penal com desenvoltura impressionante.
    Desde o descobrimento os “surubeiros” se aproveitam da “mamãe” Brasil. Porém de uns anos para cá escancarou de uma vez por todas. Tomou uma proporção tão grande que as pessoas corretas parecem ser os verdadeiros “surubeiros,” e eles os senhores acima de qualquer suspeita.
    Nós, infelizmente, temos uma grande parcela de culpa. Não procuramos saber se o candidato merece nosso voto, limitamos nossa responsabilidade ao dia da eleição, alguns vendem seu voto e outros pedem emprego, não com a intenção de servir ao governo e sim com a obrigação de  atender quem lhe conseguiu o cargo ou função.
    Fomos estridentes nas passeatas, no bater das panelas, no coro fora Dilma e Lula ladrão. Hoje as passeatas entraram em recesso e as panelas emudeceram. Ministros são afastados dos cargos por envolvimento em propinas, autoridades são denunciados por delatores (Temer incluso), pacotes de dinheiro entregues a intermediários, tendo um deles (José Yunes) se considerado um “mula”, e a parcela da população mais esclarecida se cala vendo a quadrilha instalada no poder aos poucos se apoderar do Brasil criminosamente, silenciosamente.
    As baixas governamentais do governo Temer por supostos envolvimento em corrupção é vasta: Geddel, Henrique Alves, Moreira Franco, a bola da vez, Padilha e outros menos votados encontra-se  “surubeiro” mor Romero Jucá.



  
   

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