Embora
seja uma festa que reúna milhões de pessoas nas ruas dos mais variados credos,
cores, opções sexuais, foliões autênticos – a absoluta
maioria, e outras que aproveitam a
ocasião para praticar suas taras, existe uma diferença incalculável entre carnaval e “suruba”. Carnaval é
festa, alegria, povo, e em alguns casos sacrifício de um ano inteiro para comprar
a fantasia e por aí vai.
Já “suruba” é outra coisa totalmente diferente
que dispensa minha definição pois todos sabemos o que, é.
As inúmeras diferenças entre
carnaval e “suruba”... aliás todas, há uma que não se discute: carnaval é coisa
séria, tem início e fim e, apesar de muita bebida, há limites. Já a “suruba”, embora todos saibam que existe e muitos
pratiquem, há a necessidade do sigilo para que seus participantes não sejam
detidos por atentado violento ao pudor pelas autoridades policiais e escárnio
dos moralistas de plantão em defesa da moral e dos bons costumes.
“Suruba”, a depender da pessoa poder gostar
ou não, fazer ou não, confirmar ou negar que faz ou não.
Já “surubeiro” é aquele vagabundo, ladrão,
safado que entra para a política, com o único propósito de desviar verbas públicas,
receber propinas e passear pelo Código Penal com desenvoltura impressionante.
Desde o descobrimento os “surubeiros” se
aproveitam da “mamãe” Brasil. Porém de uns anos para cá escancarou de uma vez
por todas. Tomou uma proporção tão grande que as pessoas corretas parecem ser
os verdadeiros “surubeiros,” e eles os senhores acima de qualquer suspeita.
Nós, infelizmente, temos uma grande parcela
de culpa. Não procuramos saber se o candidato merece nosso voto, limitamos
nossa responsabilidade ao dia da eleição, alguns vendem seu voto e outros pedem
emprego, não com a intenção de servir ao governo e sim com a obrigação de atender quem lhe conseguiu o cargo ou função.
Fomos estridentes nas passeatas, no bater
das panelas, no coro fora Dilma e Lula ladrão. Hoje as passeatas entraram em
recesso e as panelas emudeceram. Ministros são afastados dos cargos por
envolvimento em propinas, autoridades são denunciados por delatores (Temer incluso),
pacotes de dinheiro entregues a intermediários, tendo um deles (José Yunes) se
considerado um “mula”, e a parcela da população mais esclarecida se cala vendo a quadrilha instalada no poder aos poucos se apoderar do Brasil criminosamente, silenciosamente.
As baixas governamentais do governo Temer
por supostos envolvimento em corrupção é vasta: Geddel, Henrique Alves, Moreira
Franco, a bola da vez, Padilha e outros menos votados encontra-se “surubeiro” mor Romero Jucá.
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