sexta-feira, 24 de março de 2017

OUTONO




     

    Fechado o verão com as aguas de março, às 7:29h do dia 20 o outono iniciou seu ciclo de três meses. Lembrava-nos também que estava chegando a hora de no prepararmos para os rigores do inverno dentro de tres meses.
    Entre os extremos dessas duas estações o outono que não possui a exuberante beleza da florida primavera, para mim é a mais importante de todas por ser a estação da moderação, do desprendimento e do desapego.
    Embriagados pelo sol do verão que nos permite mais liberdade nos hábitos e nos proporciona mais lazer, extasiados pela beleza das flores da primavera e o sofrimento com os rigores do inverno, o outono passa despercebido. Uma injustiça.
    Quando se fala em outono a primeira lembrança que nos vem é que nessa época as folhas secas começam a ser abandonadas pelas árvores que tanto protegeram e embelezaram e por isso em sinal de decepção despedem-se dela e se tornam folhas mortas caídas no chão.
    A realidade é outra. Ao despedirem-se das folhas estão no dolorido desapego condições de melhor respirar durante os rigores do inverno e com isso continuar seu ciclo vital.
    Outono é a estação da mudança, do desprendimento, do desapego, do desfazer para renascer. Se cada um de nós refletisse seriamente sobre isso muitas das nossas dificuldades seriam poupadas, muitos revezes seriam evitados.
    Aprendamos com a estação outonal que a vida é passageira, o sol não brilha eternamente e os rigores do inverno são substituídos pelas flores da primavera. 
   Graças ao outono.

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