São Salvador
São Salvador, Bahia de São Salvador/A terra
de Nosso Senhor/Pedaço de terra que é meu/São Salvador, Bahia de São Salvador/A
terra do branco mulato/A terra do preto doutor/São Salvador, Bahia de São
Salvador/
A terra do Nosso Senhor/Do Nosso Senhor do Bonfim/Oh Bahia, Bahia cidade de São Salvador/Bahia oh, Bahia, Bahia cidade de São Salvador.
A terra do Nosso Senhor/Do Nosso Senhor do Bonfim/Oh Bahia, Bahia cidade de São Salvador/Bahia oh, Bahia, Bahia cidade de São Salvador.
(Dorival Caymmi)
A canção
acima é uma das milhares existentes, dos mais variados autores homenageando
Salvador que completa hoje 468 anos.
Fonte permanente de inspiração para compositores, poetas, pintores,
artistas plásticos, escritores, cordelistas, grafiteiros e por aí vai e
muito mais: é um estilo de vida, um passeio ao vivo e a cores pela História do
Brasil, um local onde alguns julgam um eterno “dolce far niente”, quando na
realidade é um local de muito trabalho para conseguir a pão de cada dia, sem
abrir mão da alegria de viver, dos bons momentos que a vida proporciona pois,
de acordo com o poeta Gonzaguinha, “viver é não ter a vergonha de
ser feliz”. E o baiano não tem. Não tem mesmo.
Embora 29 de março seja a data de fundação de Salvador, com a
chegada de Tomé de Souza, não se deve esquecer, que a região onde se localiza
Salvador foi reconhecida pelos portugueses em 1º de novembro de 1501, dia de
Todos os Santos, data em que a imensa Baía recebeu seu nome e um padrão
português foi instalado na Barra. Por volta de 1510, já havia um povoado com
europeus e índios e, em 1536, existia uma vila
na Barra, que continuava povoada
em 1549. Antes de Thomé de Sousa chegar, já existiam na região pelo menos três
igrejas: a da Graça, a da Vitória e a da Escada. Para a construção de Salvador,
entretanto, não se aproveitou as estruturas anteriores, pois a Cidadela foi construído
do nada dentro da Baía. Com isso nasciam as cidades alta e baixa inicialmente
interligada pelas ladeiras e posteriormente com a construção do elevador
Lacerda um dos seus mais conhecidos cartões postais.
Salvador a cidade festeira, do acarajé, do baianês do carnaval, da
impressão que parou no tempo é uma cidade que se modernizou sem desprezar seu
passado, sem abandonar suas tradicionais ladeiras é hoje uma cidade quase plana
devido as avenidas de vale e os tuneis ligando os dois níveis.
Salvador
de Caetano, Caymmi, Gil, Daniela Mercury, Ivete Sangalo, Mario Cravo, Jorge
Amado, Rui Barbosa, João Ubaldo, Genaro, Carneiro Ribeiro, Anísio Teixeira,
Cuíca de Santo Amaro, Carlinhos Brown e inúmeros outros do mesmo valor, a maioria não nascida
aqui, certamente não seriam o que foram e são se Salvador não lhe tivesse
fornecido a régua e compasso.
Saindo dos holofotes do palco, dos tribunais e da área de educação,
Salvador produziu suas heroínas da consolidação da independência. Uma delas foi
a sóror Joana Angélica assassinada por soldados portugueses na
tentativa de impedir que eles invadissem o convento da Lapa de onde era madre superiora. Outra foi Maria
Quitéria, militar, hábil com arma de fogo que também lutou bravamente pela
consolidação da Independência do Brasil, fato ocorrido em 2 de julho de 1823,
com o aniquilamento das tropas portuguesas na batalha de Pirajá.
Essa é a nossa Salvador que de um pequeno aglomerado em 1549, hoje
possui 3 milhões de habitantes, com os mesmos problemas de violência de quase
todas as grandes cidades brasileiras, com problemas de atendimento
médico/hospitalar, déficit de salas de aula, engarrafamentos, segurança precária,falta de
saneamento em muitos bairros, de praias lindas, de uma hospitalidade enorme, de
muitas festas, berço da tropicália e de muito AXÉ.
x.x.
Elevador Lacerda |
S
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