O
ano de 2018 chegou renovando a esperança de todos, que por variados e
tradicionais motivos estão sempre a se queixar do ano que se dispede.
Planos, sonhos e até projetos irrealizáveis são feitos no final do ano e, quase como uma imposição esperam que o Ano Novo se incumba de
realiza-los como se o novo ano pudesse modificar sua rota para satisfaze-los.
O ano – uma fração do senhor tempo –
continuará e sua caminhada imutável com dias de 24 horas, semanas de 7 dias e
12 meses iniciando no dia 1º e encerrando no dia 30 ou 31, exceto fevereiro com
seus 28 dias, exceto nos bissexto.
Os que possam pensar que sou contra sonhos,
planos e projetos irrealizáveis, se enganam. Também cometo os mesmos
pecadilhos. E aos que me imaginam pessimista também estão enganados pois sou um
otimista incorrigível. Apenas a experiência de vida e minha formação religiosa,
aos poucos, têm me ensinado que o tempo não para em circunstância alguma; nem
para comemorar nossa chegada por aqui e muito menos chorar quando partimos. Ele é
o seu grande mestre e na sua marcha vai tocando em frente com o mesmo compasso
e sem alterar o passo. Nós é que, a depender da situação, imaginamos que ele é
mais rápido ou mais lento. Aliás Einstein há mais de um século em sua teoria da
relatividade nos mostrou que tempo e espaço são relativos, a depender de quem
observa.
E o tempo, na condição de professor, sempre está a
nos mostrar sua importância e em cada lição que demonstramos não ter aprendido
seus ensinamentos, só nos resta um caminho: repetir a lição quantas vezes sejam
necessárias até aprender. Ele nos ensina que ouvir, pensar e agir devem seguir
sua rota e que a precipitação é uma péssima companheira, que quase sempre nos
leva ao duro e sofrido arrependimento.
Agora é importante que não esqueçamos que ouvir não anula o nosso
direito de decidir. Somos indivíduos únicos, seres pensantes e únicos
responsáveis por nossos atos e palavras e, por eles, responderemos sempre para
o bem ou para o mal. Como aprendemos e enfatizamos na Doutrina Espírita: livre
arbítrio. E, nenhum profissional por mais competente que seja possui o direito
de nos querer teleguiar nas nossas decisões. Aqueles que se julgam assim podem ser
competentíssimos, mas lhe falta algo indispensável no exercício da profissão:
ética profissional.
Portanto,
recebamos 2018 com esperança e também com coragem e perseverança. Jamais espere
que o ano novo vá lhe conceder o que pretende graciosamente. Lute, trabalhe,
enfrente obstáculos, supere dificuldades e siga em frente de cabeça erguida,
respeitando o direito dos seus semelhantes e jamais esquecendo que Deus é o
único que sabe realmente o que é necessário e bom para seus filhos e que
somente temos o que realmente merecemos. Não esqueçamos que somente colhemos o
que plantamos, que a semeadura é livre, porém a colheita é obrigatória.
Não esqueça: o tempo não para, nos lembrou
o genial Cazuza.
Feliz 2018!!!!
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