segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

2018



    O ano de 2018 chegou renovando a esperança de todos, que por variados e tradicionais motivos estão sempre a se queixar do ano que se dispede. Planos, sonhos e até projetos irrealizáveis são feitos no final do ano   e, quase como uma imposição esperam que o Ano Novo se incumba de realiza-los como se o novo ano pudesse modificar sua rota para satisfaze-los.
    O ano – uma fração do senhor tempo – continuará e sua caminhada imutável com dias de 24 horas, semanas de 7 dias e 12 meses iniciando no dia 1º e encerrando no dia 30 ou 31, exceto fevereiro com seus 28 dias, exceto nos bissexto.
    Os que possam pensar que sou contra sonhos, planos e projetos irrealizáveis, se enganam. Também cometo os mesmos pecadilhos. E aos que me imaginam pessimista também estão enganados pois sou um otimista incorrigível. Apenas a experiência de vida e minha formação religiosa, aos poucos, têm me ensinado que o tempo não para em circunstância alguma; nem para comemorar nossa chegada por aqui e muito menos chorar quando partimos. Ele é o seu grande mestre e na sua marcha vai tocando em frente com o mesmo compasso e sem alterar o passo. Nós é que, a depender da situação, imaginamos que ele é mais rápido ou mais lento. Aliás Einstein há mais de um século em sua teoria da relatividade nos mostrou que tempo e espaço são relativos, a depender de quem observa.
    E o tempo, na condição de professor, sempre está a nos mostrar sua importância e em cada lição que demonstramos não ter aprendido seus ensinamentos, só nos resta um caminho: repetir a lição quantas vezes sejam necessárias até aprender. Ele nos ensina que ouvir, pensar e agir devem seguir sua rota e que a precipitação é uma péssima companheira, que quase sempre nos leva ao duro e sofrido arrependimento.
        Agora é importante que não esqueçamos que ouvir não anula o nosso direito de decidir. Somos indivíduos únicos, seres pensantes e únicos responsáveis por nossos atos e palavras e, por eles, responderemos sempre para o bem ou para o mal. Como aprendemos e enfatizamos na Doutrina Espírita: livre arbítrio. E, nenhum profissional por mais competente que seja possui o direito de nos querer teleguiar nas nossas decisões. Aqueles que se julgam assim podem ser competentíssimos, mas lhe falta algo indispensável no exercício da profissão: ética profissional.
    Portanto, recebamos 2018 com esperança e também com coragem e perseverança. Jamais espere que o ano novo vá lhe conceder o que pretende graciosamente. Lute, trabalhe, enfrente obstáculos, supere dificuldades e siga em frente de cabeça erguida, respeitando o direito dos seus semelhantes e jamais esquecendo que Deus é o único que sabe realmente o que é necessário e bom para seus filhos e que somente temos o que realmente merecemos. Não esqueçamos que somente colhemos o que plantamos, que a semeadura é livre, porém a colheita é obrigatória.
    Não esqueça: o tempo não para, nos lembrou o genial Cazuza.
    Feliz 2018!!!!


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