Recebi um zap com um artigo de uma
professora universitária expondo sua discordância na escolha de Anita como mulher
do ano por entender que inúmeras outras possuem melhores qualidades que a
funkeira. Segundo ela, seu trabalho em nada acrescentava às mulheres por se
tratar de algo de qualidade inferior. Ser homenageada pela exposição da sua
bunda em rebolados exóticos com shortinhos minúsculos não justificam a homenagem
recebida.
Defender
seus pontos de vista é mais que um direito, obrigação e deve ser respeitado. Porém
ve-la exclusivamente por esse prisma demonstra desconhecimento e desprezo total
pelo trabalho profissional de uma pessoa vitoriosa é um preconceito inaceitável.
Não
resta dúvida que Anita expõe com bastante destaque sua bundinha arrumadinha e
proporcional ao seu biótipo é público e notório. Porém desconhecer nela outras
qualidades tenham paciência. Anita é bem mais que uma bunda bonita. É uma
guerreira, uma lutadora que nascida e criada numa favela violenta conseguiu por
esforço próprio e em pouco tempo alcançar uma posição de relevo, quando o mais
provável seria estar hoje na marginalizada e frequentando as páginas policiais
pelo envolvimento nas drogas como usuária ou traficante.
Visionária
e sonhadora viu no funk sua grande oportunidade de se livrar do que poderia
estar reservado para ela, encarando praticamente sozinha o desafio e venceu.
Inicialmente
não simpatizava muito com ela por não gostar da sua voz, não ser apreciador do
seu gênero musical, mesmo gostando do seu rebolado. Comecei a modificar meu posicionamento
ouvindo entrevistas suas relatando sua história de vida, as dificuldades que
passou na infância e adolescência numa favela pobre e violenta onde o mais provável
seria o mesmo destino de tantos outros jovens como ela.
Anita,
através da música e da dança buscou seu caminho, fugindo assim do tradicional
roteiro e hoje é uma profissional reconhecida internacionalmente.
Sem
empresários, regendo sozinha sua carreira, controlando competentemente sua
agenda, chegou ao topo em período curto e bastante jovem. Fala inglês, espanhol
está aprendendo francês e tem procurado escolher pessoas que demonstrem
competência e vontade de trabalhar. Suas bailarinas fogem do padrão ditado
pelos que se julgam únicos em decidir quem deve ser escolhido ou não. A essas
pessoas ela sempre ressalta que não age por caridade e sim por profissionalismo;
Uma maneira de valorizar a autoestima dos escolhidos e mostrar a importância do
trabalho profissional levado com seriedade.
Hoje
Anita possui fama internacional, dispõe de público na América Latina e
conseguiu penetrar no mundo do “show busines” dos Estados Unidos um dos mais
fechados e exigentes do mundo.
É
um exemplo para inúmeros outros jovens como ela que não desejem ser tragados pelo
caminho sem volta das drogas.
Continua
Anita, fazendo o que adora fazer: compor, cantar, ser uma profissional correta,
competente e balançar sua bundinha linda, que deixa muita mulher com inveja e
os homens de boca aberta.
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