quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

OS DITOS POPULARES SÃO SABIOS


    Os ditos populares são sábios. A frase “Deus escreve certo por linhas tortas” é confirmada sempre. Já a frase “Deus é brasileiro”, credito à megalomania de alguns brasileiros, pois se assim fosse jamais permitiria que um argentino assumisse o cargo de Papa. Na
semana passada as duas se confirmaram para mim com a “tragédia” de Brumadinho, mesmo ao custo de mortes, dor e muito sofrimento.
    Por que digo isso? Simples. A agenda presidencial amplamente divulgada na campanha pelo candidato Jair Bolsonaro era de amenizar a legislação por considerar que ela prejudicava os investidores do setor agropecuário e também funcionava como uma fábrica de multas. Tanto que chegou a cogitar a extinção do ministério do Meio Ambiente, que graças a Deus não aconteceu.
    Mostrou a “tragédia” que as coisas não são bem assim e que o buraco é bem mais embaixo. Aí entrou o Deus brasileiro e o discurso mudou e, diga-se de passagem, o governo federal se mostrou presente diante do fato, inclusive tomando medidas para evitar que fatos assim não se repitam. 
    Espero que o Legislativo aprove as propostas de endurecimento da legislação que lá se encontram nas gavetas deitadas em berço esplêndido e o Judiciário acorde e julgue criminalmente os responsáveis pela “tragédia” de Mariana e obrigue a Vale a pagar todas as multas que lhe foram aplicadas.
x-x-x
    A decisão do presidente do STF em liberar Lula para assistir o funeral do irmão, com uma decisão na hora que o corpo baixava à sepultura foi idêntica à de Pilatos: lavou as mãos.
    Tendo em mãos desde cedo o recurso da defesa de Lula para que revogasse a negativa da juíza de Curitiba e do desembargador do 4º TRF a um direito do condenado, melhor seria que continuasse negando.
    Tomando atitudes assim o judiciário só faz se apequenar e passar a impressão (que muitos consideram verdadeira) que com relação a Lula, ela não tem feito justiça e sim praticado vingança.

Um comentário: