Os ditos populares são sábios. A frase “Deus escreve certo
por linhas tortas” é confirmada sempre. Já a frase “Deus é brasileiro”, credito
à megalomania de alguns brasileiros, pois se assim fosse jamais permitiria que
um argentino assumisse o cargo de Papa. Na
semana passada as duas se confirmaram para mim
com a “tragédia” de Brumadinho, mesmo ao custo de mortes, dor e muito
sofrimento.
Por que digo isso? Simples. A agenda presidencial
amplamente divulgada na campanha pelo candidato Jair Bolsonaro era de amenizar
a legislação por considerar que ela prejudicava os investidores do setor agropecuário
e também funcionava como uma fábrica de multas. Tanto que chegou a cogitar a
extinção do ministério do Meio Ambiente, que graças a Deus não aconteceu.
Mostrou a “tragédia” que as coisas não são bem assim e
que o buraco é bem mais embaixo. Aí entrou o Deus brasileiro e o discurso mudou e,
diga-se de passagem, o governo federal se mostrou presente diante do fato,
inclusive tomando medidas para evitar que fatos assim não se repitam.
Espero que o Legislativo aprove as propostas de endurecimento da legislação que lá se encontram nas gavetas deitadas em berço esplêndido e o
Judiciário acorde e julgue criminalmente os responsáveis pela “tragédia” de Mariana
e obrigue a Vale a pagar todas as multas que lhe foram aplicadas.
x-x-x
A decisão do presidente do STF em liberar Lula para
assistir o funeral do irmão, com uma decisão na hora que o corpo baixava à
sepultura foi idêntica à de Pilatos: lavou as mãos.
Tendo em mãos desde cedo o recurso da defesa de Lula
para que revogasse a negativa da juíza de Curitiba e do desembargador do 4º TRF a um direito do condenado, melhor seria que
continuasse negando.
Tomando atitudes assim o
judiciário só faz se apequenar e passar a impressão (que muitos consideram
verdadeira) que com relação a Lula, ela não tem feito justiça e sim praticado
vingança.
E tudo continua esquisito, pra dizer o mínimo.
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