segunda-feira, 15 de abril de 2019

RIO DE JANEIRO


Tenho certeza que o Rio de Janeiro exerce sobre as pessoas um certo fascínio. As suas belezas naturais, o Pão de Açúcar, o Corcovado, suas praias todos sonham em conhecer e quem conhece se encanta.

Fonte inspiradora de poetas, compositores, artistas das mais diversas áreas, contribuíram para que a cidade maravilhosa no Brasil e no exterior fosse objetivo dos turistas daqui e do exterior. A bossa nova conquistou a todos e canções como A Garota de Ipanema continuam correndo mundo.
Hoje quando falamos do Rio não ligamos sua imagem a Copacabana, a princesinha do mar, o Cristo com braços abertos sobre a Guanabara, em Ipanema nem bondinho do Pão de Açúcar. Vem logo a imagem da violência, favelas, milícias e corrupção. Lamentável.

Lentamente os governantes foram matando o Rio aos pouquinhos. O descaso das autoridades com as políticas sociais, o conluio com os contraventores do jogo de bicho, que aos poucos foram cedendo espaço para os traficantes de drogas que na defesa dos seus interesses lotearam o Rio com os milicianos. Enquanto isso os governantes em vez de combaterem o crime assumiram o governo e começaram a roubar descaradamente os cofres públicos em todas as suas áreas enquanto a saúde, educação e segurança naufragavam.

Vai aqui um parêntese da maneira como as autoridades convivia com a marginalidade. Era sabido que as Escolas de Samba, um dos símbolos do carnaval carioca eram quintal dos banqueiros de bicho que assim mascaravam outras atividades ilícitas. E o que acontecia quando da apuração do desfile quando ainda não existia o sambódromo e ocorria no quartel de comando da Polícia Militar? entravam e saiam sem qualquer receio. Pano rápido.

De involução em involução, o Rio foi sendo assassinado. Dois ex-governadores - Sergio Cabral e Pezão - presos por corrupção, o casal Garotinho preso e embora em liberdade sendo processados, Moreira Franco réu em alguns processos.
Como vimos nessa pequena amostra não poderia ser outro o destino da nossa Cidade Maravilhosa. Mas tenho a esperança que um dia isso tudo vai ser superado e o Rio voltará a encantar a todos.

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