Encerramos
a semana com duas mortes que repercutiram mundialmente; e, o mundialmente, não
é força de expressão, é realidade mesmo. Stephen Hawking e Marielle Franco.
Estilos
de vida e origens diferentes, condições de vida totalmente diversas. E por serem indivíduos
eram únicos. Embora absolutamente únicos, um propósito os unia: servir a
humanidade. E serviram. O cientista,um dos mais importantes
físicos da humanidade, Stephen Hawking que superando todas as dificuldades de
uma doença degenerativa diagnosticada aos 21 anos de vida, a esclerose lateral
amiotrófica, nos transmitiu além dos seus conhecimentos para que melhor compreendêssemos
o Universo que vivemos, valorizou o maior bem que possuímos: a vida.
Da mesma maneira que Marielle Franco, mulher, negra, nascida e criada na favela da Maré, mãe solteira aos 20 anos, diplomou-se em Ciências Sociais pela PUC(com bolsa integral do ProUni e posteriormente fez mestrado em Administração Pública na Universidade Federal Fluminense, não teve a mesma doença como a dele, porem tão letal quanto: o preconceito.
Supero o meu desejo de comentar algo sobre Stephen Hawking pois nesses dois dias os meios de comunicação dissecaram sua história com bastante clareza e
sabedoria; recomendo a leitura da blogueira Raquel Ramos que no seu blog Raquel Superlinda (http://www.superlinda.com) nos presenteia
um belíssimo texto sobre o cientista (Stephen
Hawking é Vida). Atualmente uma das mais importantes do Brasil, lida
em mais de 102 países e com mais 5 milhões de visualizações, é um oásis no
desértico intelectual que vivemos e um ponto de refúgio que nos abriga e isola do manual de
baboseiras dos moralistas hipócritas (todos).
Permitam-me
encerrar este trecho com a transcrição literal de uma postagem ontem no face
book: “Estão
triste porque? Com Deus não se brinca! Ele era ateu e teve o que meresseu,
(grifo nosso) e agora vai ardê (idem)no fogo do inferno pra aprender e
temer o poder de Deus!” Reação
de uma débil mental analfabeta preconceituosa demonstrando não ter a mínima noção do que é Deus.
São
pessoas como ela que incentivam a violência, moralistas, que na sua santa
ignorância se julgam detentores do monopólio da inteligência e da verdade e alimentam a presunção de nos monitorar. Uns fantoches, idiotas, inescrupulosos, leitura preferencial
dos puxadores de gatilho e seus covardes mandantes que se julgam no direito de
calar vozes que combatem o preconceito racial, religioso, todos para ser mais
incisivo e que covardemente silenciaram a voz de uma mulher, valente, corajosa,
nascida e criada na favela da Maré. Eleita vereadora nas últimas eleições com uma votação expressiva que lhe deu a quinta colocação, vereadora em primeiro mandato cumpria-o com respeito e dignidade,
prestando semanalmente à população carioca um balanço de suas atividades.
Calaram
sua voz na noite de quarta-feira de maneira hedionda,mesmo dia em que a humanidade perdia um dos
seus mais importantes físicos da humanidade. Porém os tiros que tiraram sua vida multiplicaram-se em milhões de vozes que exigem solução para o crime, prisão dos executores e mandantes e suas condenações,não importa quem tenha sido.
Marielle Franco, calaram sua voz mas jamais apagarão
seus ideais. Tenha certeza que os seus covardes executores não ficarão impunes
porque eles conseguiram na sua estupidez o que jamais desejavam: ecoa-las mundo afora em rapidez
impressionante.
MARIELLE: P R E S E N T E.
Estamos em um regime de ditadores, onde só podemos expressar o que “eles”, assassinos, querem ouvir.
ResponderExcluirObrigada pelos elogios e a indicação do meu texto. Grande abraço.
Você merece e não menti nem exagerei. Leia o que escrevi agora e veja se o que eu escrevi sobre você não é a mais pura verdade?
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