Deposto do trono egípcio na década de 50 pelo general Gama
Abdel Nasser, o Rei Farouk foi profético: “Dentro de alguns anos no mundo
existirão apenas 5 reis; os 4 do baralho e o da Inglaterra”.
Assistindo pela televisão o casamento do príncipe Harry com
a plebeia, atriz, divorciada e afro descendente Meghan Markle, algo impensável
há 50 anos, talvez tenha entendido porque essa monarquia resiste há 1000 anos.
Para mim, Uma só: sua capacidade de se adaptar as mudanças
sem abrir mão do seu rígido protocolo, pelo legado na dramaturgia, na
música, na moda feminina. 500 anos se passaram e Shakespeare continua sendo
tema atual em todos os teatros do mundo; as pernas femininas foram retiradas do esconderijo da hipocrisia e continuam deixando se ver sem qualquer preconceito após a invenção da mini saia pela estilista inglesa Mary Quant. E os irreverentes rapazes de Manchester com sua banda Beatlesfez o mundo curvar-se diante de sua genialidade, continua
sendo referência no rock mesmo 48 anos após a extinção do grupo e as inúmeras
bandas que surgiram no seu rastro.
O casamento de Harry e Megha, hoje Duque e Duquesa de
Sussex é bem mais que uma cerimonia de celebração de bodas. É um exemplo de tolerância
e respeito e, ao mesmo tempo uma bofetada monárquica no preconceito e intolerância ao racismo. Não importa cor, posição social, opção sexual e escolha religiosa, somos
todos iguais.
Somos tão iguais
que enquanto a realeza desfilava sua imponência na capela, antigos monarcas
descansavam seus ossos nos túmulos ali existentes.
Por tudo isso,
talvez a monarquia esteja após essa solenidade inaugurando mais mil anos de existência.
Muito bom.
ResponderExcluirOi Virgilio, mais uma vez temos o mesmo entendimento. O respeito acima de tudo. E me chamou muito a atenção o fato dele quebrar o preconceito casando-se com uma negra e ao mesmo tempo ter o respeito de pedir à rainha autorização para casar usando barba. Achei muito significativo. Grande abraço.
ResponderExcluirObrigado a ambas.
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