“O tempo não pode
esperar, a bondade não é suficiente, a sorte varia e a malícia não
conhece dom que a refreie”. (Maquiavel)
Em sua obra O Príncipe, o
filósofo entre muitas lições nos legou essa que parece ter inspirado Bolsonaro
a agir da maneira como age para alcançar o sonho da presidência da República. E
está dando certo pois a grande maioria do povo brasileiro embarcou na sua
retórica e, ao que tudo indica irá elege-lo.
Seu discurso de bom moço
hoje, prometendo o paraíso, não apaga os diversos pronunciamentos feitos ao
longo de sua vida pública onde sempre pregou o ódio, a violência e o desprezo
pelo ser humano, exceção para aqueles que julga ser seus heróis. Ex.: o coronel
Brilhante Ustra, de inesquecível memória, especialmente
para aqueles que conseguiram sobreviver as torturas da DOI-CODI em São Paulo.
É inadmissível o
esquecimento de suas palavras em que disse que pelo voto não se consegue nada;
é preciso matar uns trinta mil. E é pelo voto que parece estar conseguindo
alcançar o objetivo maior. Pelas urnas que fraudam (segundo ele) conseguiu o
mandato de Deputado Federal e na Câmara em passagem apagada há vinte oito anos
vem enganando o eleitor.
Não deveríamos esquecer seus pronunciamentos preconceituosos contra
os negros, os componentes do LGBT, contra os quilombolas, as minorias em geral e
sua declaração que vai acabar com o ativismo. E por aí vai.
Ao tentar nos vender o
monopólio da honestidade tenta encobrir que sua ""caseira" fazia parte da folha de
pagamento da Câmara e que o auxílio moradia recebido indevidamente era
utilizado para comer gente
Outra armadilha é a possível utilização das redes sociais de maneira ilegal para favorecer sua candidatura. Se confirmadas a ilegalidade e a lei for aplicada seu diploma será negado e ele mais uma vez venderá o peixe da perseguição. Caso confirmado, apurado e não havendo punição, valeu a pena o ilícito penal.
Outra armadilha é a possível utilização das redes sociais de maneira ilegal para favorecer sua candidatura. Se confirmadas a ilegalidade e a lei for aplicada seu diploma será negado e ele mais uma vez venderá o peixe da perseguição. Caso confirmado, apurado e não havendo punição, valeu a pena o ilícito penal.
Com isso foi preparando a
armadilha onde somente um resultado aceita: sua eleição domingo. Caso não
ocorra irá contestar, provavelmente de maneira violenta o resultado das urnas.
Os recados estão sendo dados por pessoas ligadas ao seu grupo: fim do décimo
terceiro, volta da CPMF, carteira do trabalho verde e amarela com muitas obrigações
e poucos direitos para o trabalhador, Universidades Federais paga, ensino a
distância desde a alfabetização, rearmamento da população para combater a
violência e liberdade para que os órgãos de segurança possam matar, como se as
nossas policias (a banda podre) já não matassem bastante.
A última grande pérola foi
a declaração do seu filho sobre a possibilidade do fechamento do STF. Ele, na velha tática de consertar o inconsertável,
além de declarar que merece um psiquiatra quem diz tal coisa, informou que já
reclamou com o garoto e se desculpou perante ao Supremo. É a famosa
máxima do morde e assopra.
A armadilha está pronta,
qualquer que seja o resultado de domingo. Se Haddad vencer (muito difícil segundo as pesquisas), os seguidores de Bolsonaro inconformados e inoculados pelo veneno
das mensagens do seu líder provavelmente irão as ruas contestar o resultado de
maneira violenta. Se vencer, veremos em pouco tempo a intolerância, a
desconfiança e o medo pairando sobre nossas cabeças. Não se iludam seus
seguidores: no início os adversários serão o alvo, em seguida, vocês, os correligionários serão as vítimas. Assim tem
sido ao longo da história.
Encerrando: resta-me duas opções na eleição de domingo. Votar num candidato acusado de poste, de corrupto e um outro que prega violência, menospreza as instituições, preconceituoso, racista, um fiel seguidor das ideias fascistas, prefiro o primeiro, porque se errar as instituições punem conforme a lei. Já o segundo, pelo desprezo que demonstra às instituições não terá o menor acanhamento em elimina-las.
Será a treva e o ranger de dentes... para todos.
Será a treva e o ranger de dentes... para todos.
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