Segundo as últimas pesquisas de intenção de votos, Bolsonaro será eleito no dia 28 o próximo Presidente da República.
Confesso
que jamais vi uma eleição onde o que menos houve foi discussão política. Aliás
um hábito que parece ter deixado de existir entre nós, pois o que temos
presenciado é uma radicalização de opiniões, inclusive levando a
desentendimento familiares. Um absurdo.
Precisamos
entender que não existe democracia sem eleições periódicas e que os eleitos
ocupam o cargo por determinado período. Já
laços familiares são para sempre e amizades não podem deixar de existir por divergências
políticas. Defender nossos pontos de vista, nossas opiniões são importantes,
mas jogarmos fora o que muitas vezes construímos com bastante sacrifício por alguém
que não conhecemos e envolvidos por discursos com objetivos eleitoreiros é um
absurdo. Palavras, são palavras, nada mais que palavras.
Haddad
e Bolsonaro são pessoas diametralmente opostas em praticamente tudo. Um,
portador de discurso radical, preconceituoso e que ao longo de uma carreira
parlamentar pobre e obscura, que em 27 anos de mandato jamais ocupou uma das
comissões da câmara, sempre incitando a violência transmite-nos o receio de que
ocupando o cargo de presidente possa, quando se vir em dificuldades de
aprovação de seus projetos ou vê-los recusado pelo Congresso, tentar uma
ruptura constitucional.
Haddad
por sua vez carrega o estigma de pertencer ao PT, cujos erros, que não foram
poucos, de ser o responsável exclusivo da implementação da corrupção no Brasil.
Uma inverdade pois historicamente a corrupção sempre fez parte da administração
pública em conluio com grandes empresários que procuraram quase sempre vencer
as concorrências através do suborno e assim, com políticos corruptos, saquearam os cofres
públicos.
A
história parece se repetir caso Bolsonaro seja eleito. É o repeteco de um filme
que já assistimos duas vezes. Uma com Jânio Quadros que com a sua vassoura iria
varrer a corrupção do Brasil e o que vimos foi após sete meses de mandato e um
porre mal curado renunciar ao cargo e com isso plantado a semente do golpe que
três anos depois derrubaria Jango e por vinte e um anos, ditatorialmente
governou o País, restringiu as liberdades individuais, fechou o Congresso,
criou os senadores biônicos, fechou os olhos para a corrupção, censurou a
imprensa, impedindo que tomássemos conhecimento do que ocorria, principalmente
nos porões da ditadura onde a tortura comia solta.
A
redemocratização, por uma das trapaças da sorte nos presenteou com Sarney
quando indiretamente o eleito fora Tancredo.
Na
primeira eleição direta elegemos o pseudo caçador de marajás, Fernando Collor,
posteriormente afastado pelo Congresso por corrupção.
Será
que mais uma vez repetiremos o filme que já assistimos duas vezes?
Vale a
pena brigar com a família e amigos?
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