A morte de
Ricardo Boechat ontem em acidente de helicóptero ao retornar de Campinas para
São Paulo após uma palestra foi mais uma tragédia que veio se juntar às inúmeras
que o ano de 2019 em apenas um ano e meio vem nos incomodando quase que
diariamente.
Profissional competente, colega muito
estimado por seu comportamento profissional e generosidade, possuidor de um
faro incomum pelas notícias e com uma característica que o diferenciava dos demais profissionais de sua época: o estilo próprio que cativava os seus leitores, ouvintes e telespectadores. Boechat era sinônimo de credibilidade e o que falava era para seus
seguidores a verdade... e era. Uma pérola rara, com elevado teor de pureza
entre as demais pérolas que encontramos por aí.
Por seus ouvintes possuía o maior respeito
e consideração, tanto que em ato de elevado respeito forneceu o número de seu
celular para ser acessado no momento que desejassem. Deu voz às ruas,
especialmente aos taxistas, , por tradição os maiores repórteres e
institutos de pesquisa de uma cidade adoravam Boechat.
Sua doce Veruska, mãe de suas filhas mais
novas, era sua inspiração e certamente uma das causas do seu bom viver e
inspiradora do amor que a todos dedicava e simplicidade praticada.
Morreu Ricardo Eugenio Boechat, o Boechat,
cuja lacuna dificilmente será preenchida pelo menos por enquanto, nesse deserto
de pessoas com personalidade semelhante à sua, competência e acima de tudo
conseguir criticar, mesmo acidamente e não ser odiado.
Era ateu, o que prova que não acreditar em
Deus, um direito que a todos assiste, impeça que seja um dos maiores seguidores
do seu ensinamento de amar ao próximo como a si mesmo. E Ricardo Boechat segundo todos os
que conviveram com ele foram categóricos em afirmar que esse ensinamento era sua prática habitual.
Boechat, mesmo ao partir você nos dá mais
uma lição: respeitem as opiniões, gostos e opiniões dos outros. É infinitamente
melhor e mais dignificante do que se escondendo nos ensinamentos da religião –
seja ela qual for, ao sair dos seus cultos religiosos esquecer tudinho e fazer justamente o oposto.
Uma grande perda para todos. Um jornalista que dizia o que pensava com argumentação e não com ofensas.
ResponderExcluirLamentável a perda. Que encontre a luz
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